Era, sou.
Era sintética, rígida, cheia de certezas e ambição. Certa que tudo o que me rodeava precisava de ser abanado. E perguntava. Perguntava o que não se pergunta. Respondia o que não devia. E ria. Sentia o poder em mim. Sentia o poder em si. Era eu comigo. O que queria era obter respostas em mim, sustentar as minhas aparentes certezas. Eram só aparentes. Não questionava nada, nem a mim. Achava que a grande pergunta ficava respondida quando deixava a mesa boqueaberta e instalava a confusão. Gritava.
Fecho agora cada vez mais a boca. Escrevo em blogs. Faço um percurso tão curto quanto o do meu quarto ao escritório e por aí fico. Já pouco grito, já pouco falo, já pouco me manifesto. Finalmente questiono-me de verdade. Questiono as certezas que tinha quando era cheia delas e sem nenhumas. Lamento que para que exercesse o meu poder, tivesse que ser arrogante, e aparentemente confiante. Não sou.
E assim me vou perdendo e encontrando cá dentro. Para fora passo cada vez menos e desejo cada vez mais. A tristeza que me invade quando me vejo a dar ao sistema é corrosiva. Nunca conseguirei conjugar a vontade de mudar com uma pacificidade interior. Sou agora uma pessoa mais calma, mais compreensiva, mas também mais passiva. Inerte. Apática.
No tempo em que revolucionava não me conhecia.
Agora que me vou conhecendo, não tenho força.
O processo ainda não está completo... e quanto mais me conheço mais me perco. Onde está a objectividade de outrora? A vontade? A arrogância foi-se embora, era ela a minha defesa. Mas nessa altura ninguém me detinha.
Pensando bem nunca fiz nada.
Fecho agora cada vez mais a boca. Escrevo em blogs. Faço um percurso tão curto quanto o do meu quarto ao escritório e por aí fico. Já pouco grito, já pouco falo, já pouco me manifesto. Finalmente questiono-me de verdade. Questiono as certezas que tinha quando era cheia delas e sem nenhumas. Lamento que para que exercesse o meu poder, tivesse que ser arrogante, e aparentemente confiante. Não sou.
E assim me vou perdendo e encontrando cá dentro. Para fora passo cada vez menos e desejo cada vez mais. A tristeza que me invade quando me vejo a dar ao sistema é corrosiva. Nunca conseguirei conjugar a vontade de mudar com uma pacificidade interior. Sou agora uma pessoa mais calma, mais compreensiva, mas também mais passiva. Inerte. Apática.
No tempo em que revolucionava não me conhecia.
Agora que me vou conhecendo, não tenho força.
O processo ainda não está completo... e quanto mais me conheço mais me perco. Onde está a objectividade de outrora? A vontade? A arrogância foi-se embora, era ela a minha defesa. Mas nessa altura ninguém me detinha.
Pensando bem nunca fiz nada.
5 Comments:
Sim esse coment]ario acerca da Mafalada Veiga foi feito por mim.. :)
***
Agora deixo aqui o comment ao post..
Dói já não ser como outrora fui... Pensar de forma simples e despreocupada já não fazem parte da minha maneira de ser... E dói muito mais ser assim como sou do que desejar voltar a ser como antes-fui...
Dói o (teu-meu) silêncio... Dói ainda mais a consciência do porquê deste silencio... Dói saber aquilo que há a mudar e não o poder fazer.. Não agora... Mais-tarde... O problema é este mais-tarde que vai sendo constantemente adiado...
A objectividade e a vontade são maiores... As intensoes/pretensoes são grandes.... Mas isso só não chega...
***
Andei a ver os teus blogs...
É tão engraçado ver as pessoas procurarem alguma coisa em si ou no mundo que lhes dê sentido. Como tentam tirar coisas de si para se perceberem melhor, para perceberem melhor as pessoas de quem gostam.
É engraçado ver que toda a gente tem algo para dizer, alguma coisa de estranho, uma coisa que se tem de ver de fora para se entender.
Há quem consiga esvaziar-se em palavras, há quem tenha de usar palavras de outros. No fundo todos nós queremos perceber ou encontrar alguma coisa... mas o quê?
n sei kal é a pior luta...contra a apatia ou contra o sistema... eu axo k esa apatia vem da desmotivaçao causada pelo sitema... ai deus... eu ja n penso tanto p n m xatear tanto (apatia ?), mas kd penso, certefico-m k inda tenhu akela ideia, akela força, k mm estando + contida, menos bruta, n ker dizer k tenha menos força e menos intenção....
é melhor parar...
*'s da Ni
pratica meditação..e vés q esses sentimentos desaparecem por si, sem teres de recorrer a frases exteriores e à procura de sentidos onde eles nao existem, pois tudo está dentro de ti, e só tu podes apagar esse fogo q te consome
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