quarta-feira, outubro 26, 2005

Como eu gostava que as coisas tivessem sido diferentes...

Hoje, se pudesse, diria que te perdi...
Se para isso não fosse necessário já te ter tido-tido...
Mas nunca te deste a ninguém porque haveria de ser diferente comigo? Dei-te mais que os outros a pedir menos, por vezes nada...
Mas a quem recebe sem ter pedido nada não se pode exigir mais do que receber aquilo que lhe dão... Por isso culpo-me a mim e culpo-te a ti sem teres tido culpa de nada a não ser que eu goste de ti... Confesso-me culpado de (te) amar de/a mais...

[No meu obituário dirá: amou sempre sem nunca ter sido amado até que acabou por morrer de excesso de amor...]

sexta-feira, outubro 21, 2005

À procura de Sabe-se Lá o Quê

::Documentário @ DocLisboa05::

Ficar estasiado a olhar para bolhas de sabão...ou para os efeitos que um laser faz num qualquer cinzeiro de vidro encontrado no lixo... encontrar beleza naquilo que se encontra ao nosso alcance e que a nossa criatividade pode traduzir num momento mágico.

Andamos a vida toda a perguntar o que é a felicidade e a correr atrás dela, contrariando-a.
Vivemos numa sociedade acelerada, é verdade. Porque as tecnologias estão em constante evolução e a trazer as suas imediatas consequências.
Mas o tempo não é são os dias no calendário, nem as horas no relógio. O tempo só tem importância quando com ele carrega a mudança. Será o tempo interior de cada um de nós assim tão acelerado? Talvez estejamos cada vez mais inertes, mergulhados e assustados com o ciclone de coisas que se passa à nossa volta. Talvez estejamos na cave, a protegermo-nos. Se não actuarmos o tempo não passa, a mudança não acontece. E se é para estarmos na cave, no escuro, inteiros mas vazios então talvez seja melhor escavar mais um pouco e descer mais um nível. Pelo menos na terra servimos para alimentar os animaizinhos...

Fácil não é viver, é saber viver.
Toca lá a sair da cave e a enfrentar o tornado. Quem sabe não seja na sua sublime capacidade devastadora que esteja a verdadeira beleza da vida...

Verbo: Descobrir..

Há quanto tempo não descobres qualquer coisa?

quinta-feira, outubro 13, 2005

Digo NÃO quando não sei e tenho medo

O não é a resposta das crianças e das pessoas ignorantes.

José Carlos Pereira :: Prof. Estética da FBAUL::



Não concordo inteiramente (hein, não concordo "inteiramente") mas deixou-me a pensar...
Porque na verdade há algo em comum entre as crianças, os casmurros e a ignorância.
Se nas crianças a ignorância é o que as torna belas... nos casmurros as consequências podem ser bastante mais graves. Um mundo de casmurros é aquele que não avança. E coitados... o nosso único problema é o medo, consequência da falta de conhecimento. E quem já não foi casmurro? Quantas e quantas vezes respondemos não, porque dizer sim e arriscar pode ser um tiro no escuro? E serão casmurros todos aqueles que dizem não? Não sei.

quinta-feira, outubro 06, 2005

...

"Pessoa é um reflexivo doente de pensar".
Jacinto Prado Coelho


[Ao ler isto fiquei com vontade de substituir Pessoa pelo meu próprio nome...]

Viagem ao Mundo da Droga - Excerto I

"De certo modo (as drogas) são como uma amante que se começa a conhecer demasiado bem e da qual nos cansamos progressivamente, mesmo que não possamos passar sem ela".


Charles Duchaussois

Azul...

Azul, a ti fica-te bem o nome Azul, disseste-me, e como que justificando esta escolha continuaste..., és melancólico... pensativo... e pareces-me deprimido... Sim, não tenho quaisquer dúvidas, a partir d'agora passas a ser "O" Azul, afirmaste entusiasticamente. Da minha boca saiu um só som que mal chegou a ser um sussurro, Sim...; tinhas-me rebaptizado ali, naquele preciso momento... E lembro-me que foi uma sensação tão estranha mas ao mesmo tempo de uma Liberdade total... Era como se uma borracha tivesse apagado tudo o que estava para trás... Uma hipótesse de emendar os erros passados, tornar o errado-justo e começar tudo de novo... Uma SEGUNDA oportunidade...

...

Com medo de (nos) magoar não disse aquilo que queria ter (-te) dito.

segunda-feira, outubro 03, 2005

Dentro de mim... Ficas dentro de mim...

Passo uma borracha em mim para apagar os bocados de ti que insistem em permanecer...