sexta-feira, março 31, 2006

Perfeito...


... adormecer a ouvir Ray Charles.

quinta-feira, março 30, 2006

Saudade...

Há dias em que sinto a falta de mergulhar nas tuas artérias. De me sentar nos meus/teus/nossos cantinhos… de subir as Monumentais que me roubavam o fôlego, do quebra-costas, dos teus jardins (como eu adorava as tardes que passava nos teus jardins). Daqueles fins-de-tarde no Cartola ou de passar pelo TAGV, de atravessar a porta férrea que marca a entrada da Faculdade. Até as tuas noites frias e madrugadas geladas me deixam saudade(s)… Lembro-me de um Mondego que todos os dias atravessava e que me fascinava pelos reflexos de nascer(es) e pôr(es) do sol…Penso nas multidões que como eu deambulavam por ti cada um pensando com os seus botões… Como eu adorava esses momentos de introspecção… Onde havia sempre tempo para se poder pensar sem se ter que parar…

Sinto falta da tua vida, tradição, misticismo e da paz que em ti encontrei/encontrava…

Será que sentes a minha falta como eu sinto a tua?

terça-feira, março 28, 2006

American Psycho


"«I'm resourceful,» Price is saying. «I'm creative, I'm young, unscrupulous, highly motivated, highly skilled. In essence what I'm saying is that society cannot afford to lose me. I'm an asset.» Price calms down, continues to stare out the cab's dirty window, probably at the word FEAR sprayed in red graffiti on the side of a McDonald's on Fouth and Seventh. «I mean the fact ermains that no one gives a shit about their work, everybody hates their job, I hate my job, you've told me you hate yours. What do I do? Go back to Los Angeles? Not an alternative. I didn't transfer from UCLA to Stanford to put up with this. I mean am I alone in thinking we're not making enough money?»".

Bret Easton Ellis - American Psycho

Alice - Na toca do Coelho


"«Anda, não vale a pena estares a chorar assim!», disse Alice com os seus botões, tentando ser corajosa. «Pára imediatamente!». Em geral, dava muito bons conselhos a si própria (embora ramente os seguisse) e, por vezes, recriminava-se severamente por as lágrmas lhe virem aos olhos. E lembrava-se de uma vez ter puxado as próprias orelhas por se ter aborrecido durante uma partida de croquet que jogava consigo mesma, pois esta criança singular gostava muito de fingir que era duas pessoas ao mesmo tempo. «Mas agora não me serve de nada fingir que sou duas pessoas!», pensou a pobre Alice. «Estou tão pequena que mal chego a ser uma pessoa respeitável!»."

Lewis Carrol - Alice no País das Maravilhas

segunda-feira, março 27, 2006

De rastos...

Na sexta feira deitei-me às 00:04,
Dormi até às 06:13,
Entrei às 06:59,
Trabalhei até às 22:59,
Cheguei a casa por volta das 23:36,
Deitei-me às 00:02.

No dia a seguir entrei de novo às 06:59, a hora mudou e tive menos uma hora de son(h)o.

Life is (fucking) unfair...

quarta-feira, março 22, 2006

No boundaries, but the end of the day

We die.
We die rich with lovers and tribes, tastes we have swallowed, bodies we've entered and swum up like rivers. Fears we've hidden in - like this wretched cave. I want all this marked on my body.

Where the real countries are. Not boundaries drawn on mapswith the names of powerful men.
I know you'll come carry me out to the Palace of Winds.

Katherine (Kristin Scott Thomas) in The English Patient





Sabe-me bem fazer o fecho das contas antes de fechar os olhos e determinar o final deste ciclo, o dia. Sabe bem apertá-lo com pouca força e à mínima pressão sair sumo, do dia. Sabe bem oferecer. Sabe tão bem ser retribuída. Só eu e tu, vida. Gosto quando me conduzes, me levas aos locais que me confirmam.

Escrever, enviar. Convidar, partilhar. Encontrar.
Por acaso. Tudo por acaso. Nada disso.

Percorrer ruas e afincadamente dirigir-me a onde me queres levar, tu.
Fui... estou quase a chegar.

Comprar livros, apoderar-me deles.
Cheirá-los, experimentá-los e arrumá-los, organizá-los.
Aprender, conhecer os ciclos das vidas dos outros, das vespas.
Perfeita maldade, a delas.
De mim conheço pouco, mas um dia também virei num qualquer capítulo de um livro científico.
Talvez no das espécies raras:

as pessoas.

domingo, março 19, 2006

Natureza em mutação



Estes desenhos são assim reflexos da natureza em mutação nessa unidade que a morte e a vida são nela e, em mim, a busca de sentimentos e pensamentos estéticos que se consubstanciam nesse fruir. Ao viver a vida e a morte dos seres no, meu jardim, verifico que um e outro são indissociáveis nessa unidade do que flui e vive. A plantinha desabrocha e as folhas tenras são comidas pelos subtis caracóis e estes comidos pelos melros luzidíos e estes pelos gatinhos, etc etc... A morte é, afinal, um mito e a vida a redenção desse mito. Para sempre.

Alberto Carneiro, 2005.

www.fsgaleria.net4b.pt

em exposição na Galeria Fernando Santos


"Ao trabalhar a madeira Alberto Carneiro considera-a, não como matéria abstracta, mas entende a árvore como corpo, entende que não trabalha a pedra mas a montanha."
"De onde há-de sair a vida senão das nossas opções?" Jordi Nadal

e nisto insisto...
Quero sempre vacilar e ter que as tomar, mesmo que depois me arrependa.
De cabeça erguida ordeno ditos e feitos e digo sempre Eu.
Não peçam para me vender. De ideais sou feita, eu.
Se não fosse feita dos meus ideais era feita de ideias tuas e isso não seria eu, seria outra coisa qualquer.
Que os teus possam ser meus um dia, talvez. Nessa altura não serei Eu, serei Eu nessa altura.

sábado, março 18, 2006

Tenho (provavelmente) a pior memória de que há memória...

quinta-feira, março 16, 2006

Há males que vêm por bem...

Isto de ter magoado o braço tem as suas vantagens... se não fossem as dores era perfeito...

sexta-feira, março 10, 2006

You've Got Mail...

"So much of what I see, reminds me of something I read in a book, where shouldn't it be the other way around?"

Fight Club

Narrator: When people think you're dying, they really, really listen to you, instead of just...
Marla Singer: - instead of just waiting for their turn to speak?

London/13/Fev/06

É bom de ouvir
Ainda melhor de dizer
Não me canso de (o) demonstrar
Porque me dá prazer...

Que ninguém se engane
Estou a falar d'amor
Queria estar perto de ti
Para evitar/acalmar esta dor

Não é exagero
Muito menos mentira
Sabes que por ti dava-e-dou a própria vida...

Gostar é normal
Amar (já) é especial
Distinguem-se pela forma como se sente(m)
Mas isso é conhecimento-comum de todagente...

Que quem ama sofre e quem sofre é porque ama...

Dia de Portugal...

Hoje, 10 de Março, é dia de Portugal, das Comunidades Portuguesas, de Camões... e de Saint Patrick.... mas pera... St. Patrick's não tem nada a ver com Portugal... Que raio de confusão... Nunca se está a 100% no lugar onde realmente se está..

enfim...

"To be (here) or not to be (here)."

W. Shakespeare

segunda-feira, março 06, 2006

Óscares 2006

Infelizmente não vi...

Mas aqui vai..

Library II

- Acting Skills - Hugh Morrison (Projectos Incompletos cada vez a ganharem mais força... )
- Learning to See Creatively - Design, Color & Composition in Photography - Bryan Peterson
- Magnum Cinema - Photographs from 50 years of movie-making - da Phaidon
- Icons of Photography - The 20th Century - da Prestel

Ah... e requesitei por mais um mês Making Short Films - The complete guide from script to screen by Clifford Thurlow.

sexta-feira, março 03, 2006

"[...] sabe que o homem não foi feito para ficar quieto. A sedentarização empobrece-o, seca-lhe o sangue, mata-lhe a alma - estagna o pensamento."

Al Berto «Horto de Incêndio». Lisboa: Assírio & Alvim, 1997.

A dor que a inércia nos causa...

Os olhos? Esses fechados de tão cansados e fartos que estão de ver aquilo que não se quer ver... Tudo parece errado... ou nada me parece certo... Já nem eu sei e já nem (me) importa... Dói saber e nada poder fazer... Dói poder e não o fazer... Hoje, ontem, aqui e agora...

Se podemos porque (é que) não fazemos?