terça-feira, janeiro 31, 2006

Textos...textos...

(Re)leio textos antigos... Deparo-me com (boas) ideias mas mal-estruturadas e muito mal aproveitadas... De súbito decido reescrevê-los de forma a que estas ideias não se percam e que possa ser recuperada a sua essência.. Depois desisto da ideia e acomodo-me sem saber bem (o) porquê...

sexta-feira, janeiro 27, 2006

Match Point III


Christopher "Chris" Wilton : The innocent are sometimes slain to make way for grander schemes. You were collateral damage.

Match Point II


Nola Rice : I don't think this is a good idea. You shouldn't have followed me here.
Christopher "Chris" Wilton : Do you feel guilty?
Nola Rice : Do you?
[they kiss]

Provocação II

Manuela Moura Guedes
É um provocador?

Herman José
Sou um provocador por vocação...
Para mim a provocação é um gene que temos desde a nascença.
Não é provocador quem quer!
É uma tendência para subverter a ordem natural das coisas...comecei a provocar aos 4 anos.
Depois andava no colégio alemão, tudo certinho e direitinho, fazia aquela cara (de anjinho) e quando davam por mim zás!

E depois os extremos tocam-se...
Sou tão inteligente, tão inteligente... que de vez em quando salto para o outro lado e sou completamente idiota!

Mas agora tou na minha fase Zita Seabra.

Manuela
Fase Zita Seabra?

Herman
Sim..é quando já fomos honestos e chegámos à conclusão que a sociedade é completamente preversa e está-se pouco borrifando para a nossa sinceridade. Agora vendo-me... Agora chegou a fase de brincarmos um bocadinho.

Todos nos vendemos!
Passamos a vida a vendermo-nos a troco de microondas e do nosso bem-estar...


[Para quem não sabe a Zita Seabra foi militante do partido comunista e ohs de repentes o sr. Prof. Cavaco Silva, na altura 1º ministro, convidou-a para ir para o PSD e dirigir o Instituto do Cinema, ou coisa parecida...a moça foi e táu! Caiu-lhe o carmo e a trindade em cima... como é óbvio era a entrevistada central do debate sobre a Provocação. Nada melhor que um troféu de caça do PSD para personagem central do Raios e Coriscos a levar ali com o pessoal em cima a dizer que ela se cedeu à provocação...]

Match Point




Nola Rice: You're going to do very well for yourself, unless you blow it.
Christopher "Chris" Wilton: And how am I going to blow it?
Nola Rice: By making a pass at me.
Christopher "Chris" Wilton: So you are aware of your affect on men?
Nola Rice: They think I'd be something very special.
Christopher "Chris" Wilton: And are you?
Nola Rice: No one's ever asked for they're money back.

Provocação I

Raios e Coriscos :: 1995

Um programa daqueles que já não se fazem mas que ainda podemos ir assistindo na RTP Memória. Um verdadeiro debate com gente de direita e de esquerda, do centro e arredores... sobre a Provocação!


Manuela Moura Guedes
(depois de ter inumerado os imensos estragos ocorridos durante os espéctaculos dos Mão Morta...)
... cortou inclusivamente uma perna durante um espectáculo.
É um provocador?

Adolfo Luxúria Canibal
Não.

Manuela
Acha que não são provocações?

Adolfo
Não, são males menores.

Herman José
Menor... porque foi só a perna!

Adolfo
Estava realmente um ambiente de cortar à faca ... e aquilo foi uma forma de anestesia.

Manuela
De anestesia?

Adolfo
As pessoas vêem sangue e começam a desmaiar, a ficar mais calmas...

Herman
Portanto em vez de um provocador temos um apaziguador...

segunda-feira, janeiro 23, 2006

válido até* (ver na embalagem)

A não existência de prazos é um elemento dispersor por natureza.

Se o trabalho é para entregar mas não nos dizem quando, não o faço hoje. Amanhã logo trato dele.
Se achamos que a morte ainda vem longe, dormimos profundamente. Inertes não vivemos a vida.
Se achamos que uma relação está assegurada pela magia dos deuses e é eterna, porque é para ser. Não a alimentamos.

Acabamos nós por viver com menos intensidade aquilo que consideramos eterno? Estaremos a disperdiçar a possibilidade que muitas vezes nos dão de viver mais, tornando mais curto do que o reduzido aquilo que outrora pareceu tão longo... (?)

Living the sensation of being everything and the certitude of being nothing. We are deranged. :: Marcus Schinwald :: Dictio Pii :: 2001

terça-feira, janeiro 17, 2006

Não leio o que escrevo.. Porque ler "ajuda" a lembrar... E lembrar dói... Lembrar magoa (e muito...). Leio outros então... Porque eles não viveram o que eu vivi.. Não passaram pelo que eu passei... Então não escrevem sobre a "minha" dor... Então porque é que me revejo nos seus textos? Se em nada as nossas vivências se parecem porque é q os seus textos me fazem sentido?

Julgo que passamos a vida a arranjarmos defeitos nas nossas vidas... É-nos intrínseco e acabamos por fazê-lo de uma forma quase, que, natural... Ou pelo menos de tal forma dissimuladamente natural que acaba por nos parecer natural...

[Procuramos justificações para tudo... Como esta tentativa(ou não) de me querer sentir melhor...]

blog de outros... - quatrominutosdepoisdassete

Hoje vi isto e ri a bom rir...

"Na vida tudo é relativo. Um fio de cabelo na cabeça é pouco; na sopa é muito!"

Autor desconhecido

(Ridendo Castigat Mores)

segunda-feira, janeiro 16, 2006

O Avô e o Neto

O Avô e o Neto

"Ao ver o neto a brincar
Diz o avô, entristecido,
«Ah, quem me dera voltar
A estar assim entretido!

Quem me dera o tempo quando
Castelos assim fazia,
E que os deixava ficando
Às vezes p'ra outro dia;

E toda a tristeza minha
Era, ao acordar p'ra vê-lo,
Ver que a criada já tinha
Arrumado o meu castelo.»

Mas o neto não o ouve
Porque está preocupado
Com um engano que houve
No portão para o soldado.

E, enquanto o avô cisma, e triste
Lembra a infância que lá vai,
Já mais uma casa existe
Ou mais um castelo cai;

E o neto, olhando afinal
E vendo o avô a chorar,
Diz, «Caiu, mas não faz mal:
Torna-se já a arranjar.»"

(1926?)
Fernando Pessoa
"Estás no sítio certo na hora certa, se assim não fosse, estarias noutro sítio qualquer...".

Provérbio Popular

domingo, janeiro 15, 2006

Entre os quarenta e os cinco

Petróleo: essa substância que tão fundamental para tudo que se mexe neste mundo como os 70% de água no corpo humano, ou não. Interessa que assim seja. Existe em pouca quantidade, está a ir-se como água a sair do chuveiro em banhos de 20 min e quem o tem domina quem precisa dele. Pede preços exurbitantes, decide fazer guerras em nome do bem (das contas bancárias deles, só se for) e resumidamente: manipula.

Fui ver Jarhead (Sam Mendes, 2005). Não me vou pôr a fazer críticas cinematográficas, não, não vou. Não tenho a bagagem suficiente para fazer uma crítica consistente. Vou apenas expor aqueles pensamentos que nos brotam durante o filme, no fim do filme.

Primeiro que tudo, expor a minha indignação ao egoísmo que assalta cada vez mais pessoas. Sim, ouvir a 5ª sinfonia de Beethoven por duas vezes numa sala de cinema e ainda assistir à descontracção da pessoa que atende o telemóvel com um "tou..." e desenrola todo um diálogo, qual conversa na esplanda de um snack-bar. Não é bonito, é gritante. É de me obrigar a levantar do lugar, dar uma palmada nas costas da criatura e ter que repreender um senhor com mais 20 anos que eu. Pior, obrigou-me a repreendê-lo de forma silenciosa, calma quando a minha vontade era arrancar-lhe os olhos. O senhor estava acompanhado da sua bela amada e aí percebi: o amor é cego e surdo! Ela parecia-me muito confortável ou então concordou com alguma alínea no contrato de casamento que dissesse "juntos até nos momentos ridículos e de falta de respeito para com os outros".

Do lado direito estava uma senhora com uma criança (essa sim com algum direito a fazer chafurdice). Limitou-se a erguer a voz uma única e exclusivamente durante o filme. Na sua total ingenuidade e porque quando somos pequenos há pensamentos que têm voz própria, ele disse no seu tom de voz natural "Mãe, para que é (que é) a guerra?".

segunda-feira, janeiro 09, 2006








mesmo...
Por mais voltas que a vida dê andamos sempre à procura do




...

King: You must hate me.
Tara: I don't love you enough to hate you.

.: Kama Sutra:. A Tale of Love (1996)

Acredito que sejas/estejas mais feliz sem mim...

Acredito que estejas feliz assim
Porque (já) o eras antes de mim
Mas mentes e dizes que não me amas
Mesmo eu sabendo que é por mim que chamas...

Amo-te até ao mais íntimo do meu ser
Não sei porquê mas sinto-me mal ao to dizer...
Medo de não ser amado talvez...
Ou talvez medo de não querer ser magoado outra vez...

Qualquer das maneiras o melhor (agora) é esquecer...
Farto disto tudo estou eu...
E não quero voltar a sofrer
Por algo que não é mais que aquilo que já (não) é...
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Poema dedicado: a ninguém... Sem segundas intenções... Texto há muito escrito e agora encontrado...

quarta-feira, janeiro 04, 2006

Porque mesmo que elas não se peçam não há forma de evitar fazê-lo...

Não quero (voltar a) magoar quem eu gosto... Fui egoísta mas acredita que não sou uma pessoa assim... Dói sentir que te desiludi... Desculpas não se pedem... Eu sei... Ainda assim peço(-te) que me perdoes... Que não penses mal de mim. E que não ponhas um fim a algo que ainda agora começou. Gosto de gostar de ti e não quero que isto acabe por um erro meu... Agi mal... Sei-o agora. E não tenho medo de o dizer... Gostava de poder voltar atrás e corrigi-lo... Corrigir-me... Mas infelizmente não o posso... Não me/nos condenes por isto. Mais uma vez digo "Perdoa-me" ... Não peço que esqueças esta minha falha... Eu não a vou esquecer... Mas perdoa-me ainda que eu não me perdoe a mim...

[Magoamos aqueles que gostamos... ]

Ps: Não te quero voltar a magoar...