quarta-feira, maio 18, 2005

A Raiva que em nós existe...



Eu sinto-a a aproximar-se... Sei que está dentro de mim... Formando-se... Crescendo cada vez mais e mais... Eu sinto-a a querer soltar-se... Tentando se libertar... Sinto que está cada vez maior... Quanto mais penso nela mais vontade tenho de a soltar, de não lhe oferecer resistência... Ceder-lhe... Sinto-a agora como se d'uma Tempestade se tratasse... Tento não pensar nela... Por fim, aceito-a... Não a nego... Sei que faz parte de mim, que me é intrínseca e que não está só de passagem... Neste momento ela já não cabe em mim... Expande-se tornando-se uma extensão de mim estendendo os seus "braços" para tudo o que me é querido... Eu tento evitar que isto aconteça mas não consigo... Tudo o que prezo desapareceu... Agora só existo eu.... Olho à minha volta e vejo que estou sozinho num enorme vazio... A desilusão e a solidão apoderam-se de mim... Sinto-me um inútil e um incapaz...

[Acordo, sobressaltado, com o derpertador, constatando, para minha felicidade, que tudo isto era fruto da minha imaginação enquanto eu "pesadelava"...]

segunda-feira, maio 16, 2005

O nada que o nada é...




São as tuas vãs promessas e palavras de indiferença que me ferem os sentimentos...São elas (ou a falta delas) que me fazem sentir pequeno...São também elas que, na tua ausência, incendeiam os céus fazendo-me lembrar a chama que por ti arde dentro de mim..
São elas que me segredam ao ouvido dizendo que nada voltará a ser o que era porque nunca mais do que o próprio nada o foram...

segunda-feira, maio 02, 2005

A Insustentável Leveza do Ser (II)



"Nunca se pode saber o que se deve querer porque só se tem uma vida que não pode ser comparada com vidas anteriores nem rectificada em vidas posteriores. (...)
Não há forma nenhuma de se verificar qual das decisões é melhor porque não há comparação possível. Tudo se vive imediatamente pela primeira vez sem preparação. Como se um actor entrasse em cena sem nunca ter ensaiado. Mas o que vale a vida se o primeiro ensaio da vida já é a própria vida? É o que faz com que a vida pareça sempre um esquisso. Mas nem mesmo esquisso é a palavra certa, porque um esquisso é sempre o esboço de alguma coisa, a preparação de um quadro, enquanto o esquisso que a nossa vida é, não é esquisso de nada, é um esboço sem quadro.(...) Não poder viver senão uma vida é pura e simplesmente como não viver."

A Insustentável Leveza do Ser (I)


"Quanto mais pesado for o fardo, mais próxima da terra se encontra a nossa vida e mais real e verdadeira é.
Em contrapartida, a ausência total de fardo faz com que o ser humano se torne mais leve do que o ar, fá-lo voar, afastar-se da terra, do ser terrestre, torna-o semi-real e os seus movimentos tão livres quanto insignificantes."

Adam's Song



Adam's Song

I never thought I'd die alone
I laughed the loudest, who'd have known?
I traced the cord back to the wall
No wonder it was never plugged in at all

I took my time, I hurried up
The choice was mine, I didn't think enough
I'm too depressed to go on
You'll be sorry when I'm gone

I never conquered, rarely came
16 just held such better days
Days when I still felt alive
We couldn't wait to get outside

The world was wide, too late to try
The tour was over, we'd survived
I couldn't wait 'til I got home
To pass the time in my room alone

I never thought I'd die alone
Another six months, I'll be unknown
Give all my things to all my friends
You'll never step foot in my room again

You'll close it off, board it up
Remember the time that I spilled the cup
Of apple juice in the hall
Please tell mom this is not her fault

I never conquered, rarely came
16 just held such better days
Days when I still felt alive
We couldn't wait to get outside

The world was wide, too late to try
The tour was over, we'd survived
I couldn't wait 'til I got home
To pass the time in my room alone

I never conquered, rarely came
Tomorrow holds such better days
Days when I can still feel alive
When I can't wait to get outside

The world is wide, the time goes by
The tour is over, I've survived
I can't wait 'til I get home
To pass the time in my room alone

Porquê? Porquê..?



Tou num daqueles dias de introspecção... Um daqueles dias em que se racionaliza tudo... Até aquilo que não deve ser racionalizado.. até aquilo que só pode ser sentido... Para quê todos estes porquês? Porque é que não me limito a fazer como os outros fazem? Viver sem interrogações... Sem qualquer tipo de preocupações a não ser ser feliz? Agora que penso nisso estou deprimido porque penso se sou realmente feliz com o que sou.. com o que tenho... Porque é que não sou uma crianca..? Uma crianca despreocupada, livre, simples da qual ninguém tem qualquer tipo de expectativas? Não há pressão quando ninguém espera nada de nós... Quando alguém se limita a observar-nos sem emitir qualquer juízo de valor.. Só quero que este maldito dia acabe rapidamente antes que ele acabe comigo...