sábado, agosto 27, 2005
"Javé, meu Deus, de dia Te peço auxílio,
e de noite grito na Tua presença.
Que a minha prece chegue a Ti,
inclina o Teu ouvido ao meu clamor.
Porque a minha alma está cheia de males,
e a minha vida está à beira do túmulo.
Sou visto como quem desce à sepultura,
tornei-me homem sem forças,
tenho a minha cama entre os mortos,
como as vítimas que jazem no sepulcro,
das quais já não Te lembras,
porque foram arrancadas da Tua mão.
Lançaste-me no fundo da cova,
no meio das trevas e do abismo.
A Tua cólera pesa sobre mim,
derramas sobre mim todas as Tuas ondas.
Afastaste de mim os meus conhecidos,
e tornaste-me repugnante para eles;
estou fechado, não posso sair,
e os meus olhos turvam-se de tristeza.
Eu Te invoco todo o dia,
estendendo as mãos para Ti:
"Farás maravilhas pelos mortos?
As sombras vão levantar-se para Te louvar?
Falarão do Teu amor nas sepulturas,
e da Tua fidelidade no reino da morte?
Conhecem as Tuas maravilhas nas trevas,
e a Tua justiça na terra do esquecimento?"
Mas eu grito para Ti, Javé,
a minha prece chega a Ti pela manhã.
Javé, porque me rejeitas
e me escondes a Tua face?
Fui infeliz e moribundo desde a infância,
sofri os Teus horrores, estou esgotado.
Os Teus furores passaram sobre mim,
os Teus terrores deixaram-me consumido.
Eles cercam-me como água todo o dia,
e assaltam-me todos juntos.
Tu afastas de mim os meus parentes e amigos,
e as trevas são a minha companhia."
sexta-feira, agosto 26, 2005
por aí...
no dia que vou, sinto as asas cansadas.
As penas estão sujas de um chão que as mancha, não porque poisei mas porque tardo em aterrar. Sinto a necessidade de manter as asas abertas, de exercitar estes músculos fartos de um outro dia pausado, ansiosos pela pausa.
:: em Viena, de partida para Budapeste ::
Até um dia no ninho.
Saudades...
terça-feira, agosto 16, 2005
Palavras de ... para ...
segunda-feira, agosto 15, 2005
Wish You Were Here...
y(our) not so secret spot
Dei-me conta de estar a partilhar um espaço...
A cada passo que dou, sinto ir-me deitar na cama de outra pessoa, nos seus lençois. É aquela sensação de invasão mas de pertença, porque se lá me deito foi porque me aconchegaram a almofada...é confortável.
Queria ficar assim em posição fetal, como que em defesa de mim.
Os poros alargam o seu raio e parece que o vento entra e sai como uma corrente de ar. Sinto-me trémula; é medo; é estar sozinha como nunca estive (ou como estou sempre)...
Quero que me venhas puxar a roupa para cima e que não deixes os meus ombros desprotegidos.
Nunca te esqueças de me dizer boa-noite, porque apartir de hoje a tua cama é minha e tu serás apenas o meu contador de histórias.
A janela abriu-se... acho que tenho de ir.
Seguimos correntes diferentes, ventos do mesmo norte.
Até breve.
sábado, agosto 13, 2005
Viagem rumo ao desconhecido...
A partida está para breve... Façam as vossas malas... Ocupem os vossos lugares... Vamos partir rumo ao incerto... O destino é desconhecido... E a hora de chegada indeterminada....
"Eu não sei o que eu quero e é por isso que eu procuro..." - Pluto